Este charmosíssimo quartier parisiense é de grande tradição na capital francesa, com um longo passado de vida super animada culturalmente e artisticamente. Delimitado ao norte pelo quai Malaquais e ao sul, pela rue du Four; a oeste, a rue des Saints-Pères, está na fronteira com o VIIème arrondissement, e a leste, a rue de Seine fica entre os quartiers de la Monnaie e de l’Odéon...
Passeio imperdível para quem quer conhecer de perto o jeito de ser parisiense, intelectual e chique! Algumas curiosidades para tornar seu passeio numa verdadeira viagem no tempo e na vida deste quartier...
Boulevard Saint-Germain: saindo do metrô Saint-Germain-des-Près (linha 4), você está no coração do quartier. Principal eixo do quartier, esta rua tem vida intensa, tanto por seus bares e restaurantes, como por suas livrarias e boutiques luxuosas… Um lugar onde o passado histórico anda lado a lado com o que há de mais “branché” em Paris!
L’église Saint-Germain: construída por volta do ano 1000, é a igreja romana mais antiga de Paris e está situada na place Saint-Germain.
Alguns concertos são programados durante o ano pela associação “Les amis de l’abbaye Saint-Germain-des-Près”... vale a pena se informar!
Uma dica para quem visita Paris até o início de setembro(até 04/09/2011): exposição gratuita de 33 fotografias de grande formato de obras de Fra Angelico: “Fra Angelico, le pas du Christ, de toujours à toujours”.
Os três cafés: a brasserie Lipp, o café de Flore e o café des Deux Magots
Estes três locais são pontos de referência da vida de Saint-Germain-des-Prés: os três classificados monumentos históricos!
Brasserie Lipp : situada no número 151 do boulevard, esta tradicionalíssima brasserie foi fundada em 1880. Sua decoração é conhecida pelas cerâmicas e mosaicos do realizados pelo pai do poeta Léon-Paul Fargue. Lugar frequentado por escritores, poetas e políticos : Saint-Exupéry, Camus e toda a equipe editorial de "Grasset et Gallimard" frequentavam assiduamente a brasserie.
Café de Flore : no número 172 do boulevard, este café foi berço da Action Française de Charles Maurras, sendo um lugar de encontros políticos, mas também um local de efervessência literária, com as "Soirées de Paris d’Apollinaire". Nos anos 30, Sartre e Simone de Beauvoir adotam o café como ponto de encontro.
Café des Deux Magots: em frente à igreja, no número 6 da place Saint-Germain-des-Près, este café é testemunha da história do quartier e ponto de encontro de muitos parisienses ilustres. Depois da I Guerra Mundial, o café acolhe os surrealistas, como André Breton ou Paul Eluard. Vários escritores franceses, come Giraudoux ou estrangeiros, como o americano William Faulkner costumavam frequentar o bar.
La Rhumerie: no Boulevard Saint-Germain, entre a rue de l’Échaudée e o passage de la Petite-Boucherie, no número 166, se encontra «La Rhumerie». Este bar, fundado em 1931 pelos irmãos Louville, originários das Antilhas, faz sucesso entre os amantes de punch e outras bebidas, acolhendo muitos artistas, entre eles, o fotógrafo Man Ray e o escritor Georges Bataille.
Saint-Germain é um quartier de muita tradição... mas também sabe conjugar o passado com o que há de mais tendência na moda... No mesmo boulevard Saint-Germain, você também pode encontrar os restaurantes de Giorgio Armani e de Ralph Lauren!
O Emporio Armani Caffé é um restaurante de cozinha italiana, que fica no número 149 do Boulevard Saint-German.
O Ralph’s mistura a cozinha americana com o espírito refinado da Rive Gauche, instalado num hôtel particulier construído em 1683, no número 173 do Boulevard Saint-Germain.
Mabillon e o marché Saint-Germain: a encruzilhada Mabillon é o encontro entre a rue du Four, a rue Mabillon, o boulevard Saint-Germain e a rue de Buci. Este local concentra grande número de bares e restaurantes, além de boutiques da moda. O marché Saint-Germain é super tradicional!
Rue du Four: Esta rua tem grande concentração de boutiques! Ponto alto para as compras... As pequenas ruas, rue Princesse, des Cannettes e Guisarde, ficam nas proximidades da rue du Four e têm ótimas opções de restaurantes, charmosos e gostosos!
Rue de Seine: Esta rua, que faz fronteira com o quartier de la Monnaie e o quartier de l’Odéon, deve seu nome ao fato de levar ao rio Sena. Várias personalidades, ao longo dos séculos, escolheram esta rua para morar. Perto do número 1, viveu São Vicente de Paulo. Nos números 2 ao 10, encontrava-se o «Palais de la Reine Margot», construído em 1606 por Marguerite de Valois, ex-esposa de Henri IV (hoje não existe mais). Do 15 ao 17, encontram-se casas do século XVIII. No número 31, Georges Sand se instalou para começar sua carreira parisiense, em 1836. No número 43, o café-restaurant La Palette é classificado monumento histórico e frequentado pelos estudantes da Ecole des Beaux-Arts. Cézanne, Picasso e Braque frequentavam o café. Hoje é um café “très branché”! No número 57, numa casa do século XVIII, Charles Baudelaire morou por um tempo. Nesta rua, também nasceu, em 1699, o pintor Chardin, precursor da arte moderna e o poeta polonais, Adam Mickiewicz, também viveu por lá.
Rue de Rennes: criada no Segundo Império, sob o traçado do barão Haussmann, a rue de Rennes parte da igreja Saint-Germain-des-Prés e vai até a Tour Montparnasse. A intercessão com o boulevard Raspail marca a passagem do quartier de Saint-Germain ao quartier de Notre-Dame-des-Champs. Grande eixo situado no coração de Paris e nas proximidades dos VIIème e XIVème arrondissements, esta rua é de grande movimento, tradicional por seu comércio.
Rue du Vieux Colombier: esta rua, que vai da igreja Saint-Sulpice até o carrefour de la Croix-Rouge, abriga o théâtre du Vieux Colombier. Fundado em 1913, por Jacques Copeau, Louis Jouvet e Charles Dullin fazem parte da trupe, que prega um teatro vanguardista. Hoje o teatro tem uma parceria com a Comédie Française.
Carrefour de la Croix Rouge: em maio de 1871, este local foi palco de violentos confrontos durante a Commune de Paris. Hoje, é muito frequentado por parisienses e turistas, por suas boutiques e restaurantes.
École des Beaux-Arts e rue Bonaparte: a rue Bonaparte é conhecida por seus vários antiquários. No número 14, situa-se a École Nationale Supérieure des Beaux-Arts (ENSBA), uma das mais reputadas escolas de artes plásticas.
http://www.ensba.fr/Rue Jacob : todos os hôtels particuliers desta rua são do século XVII ou XVIII, sendo o número 18 o mais célebre, pois foi onde Prosper Mérimée escreveu, em 1845, seu famoso romance ‘Colomba’.
Place de Fürstenberg e musée Eugène Delacroix: o pintor Eugène Delacroix se instalou, em 1857, no número 6 desta praça, para estar próximo à igreja Saint Sulpice, onde executava alguns afrescos, na chapelle des Anges. Hoje, neste número se encontra um museu dedicado ao pintor.
Rue des Saints Pères e quai Malaquais: esta longa rua parte da rue de Sèvres e vai até o quai Malaquais. A primeira parte é conhecida por seu comércio de antiguidades e a segunda, composta por hôtels particuliers dos séculos XVII e XVIII, onde a editora Grasset se instalou.
O « quartier de l’édition »: Saint-Germain-des-Prés é um quartier que conta com uma enorme variedade de livrarias e editoras. Essa tradição começou já no século XIX : em 1830, a editora de Vigny e Lamartine, Charles Gosselin, se instala na rue Bonaparte. Na esquina do Quai Malaquais e da rue des Saints-Pères, instala-se Ladvocat, editora de grandes romances estrangeiros, como Schiller, Byron e Goethe. A literatura dos grandes românticos franceses é representada pela editora Renduel, rue des Grands Augustins.
Saint-Germain é um passeio delicioso... com todo o charme parisiense... certamente existem mil e um detalhes a se descobrir e apreciar neste quartier...
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